segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Fundação Estatal assume direção do Hospital do Bairro Novo, em Curitiba

Unidade estava sob os cuidados do Hospital Evangélico. Pedido para recisão do contrato com a prefeitura foi feito no dia 8. A Prefeitura de Curitiba confirmou, nesta sexta-feira (15), que o Hospital do Bairro Novo será gerenciado pela Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (Feaes). O órgão, vinculado à administração municipal, será responsável pela unidade no lugar do Hospital Evangélico, que pediu o fim do contrato com a prefeitura. A decisão de colocar a Feaes no comando do Hospital do Bairro Novo foi tomada em uma reunião, na noite de quinta-feira (14). Após o pedido do Evangélico para encerrar o convênio com a prefeitura, a Secretaria de Saúde começou a enviar profissionais do quadro de servidores do município para garantir o atendimento aos pacientes. De acordo com a prefeitura, a Feaes deve contratar mais 150 profissionais para manter o hospital funcionando. Devem ser chamados servidores para as áreas médica e administrativa. Ainda conforme a prefeitura, candidatos aprovados no concurso para trabalhar no Hospital do Idoso devem ser convocados para atuar no Bairro Novo. A Sociedade Evangélica Beneficente, que mantém o Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC), informou por meio de nota, no dia 8 de fevereiro, que não será mais responsável pelo atendimento médico-hospitalar no Hospital do Bairro Novo por consequência dos atrasos nos repasses de recursos da Secretaria para a manutenção dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) no hospital no fim gestão anterior. O Evangélico ficou três meses sem receber integralmente os recursos para pagamento dos serviços prestados, conforme a nota. Hospital da Mulher Uma das principais promessas de campanha do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), envolve justamente o Hospital do Bairro Novo. A estrutura do local deve ser tranformada em Hospital da Mulher durante a gestão do pedetista, que prometeu para o fim de 2013 o projeto executivo e o encaminhamento da execução da obra. Segundo o prefeito, o Hospital da Mulher deve contar com especialidades como ginecologistas, obstetras e oncologistas; com 140 leitos, sendo 20 de UTI; com exames clínicos de laboratório e uma brinquedoteca para as mães deixarem os filhos. O recurso para construção e compra de equipamentos deve vir de parceria com o Governo Federal, enquanto a Prefeitura deve contratar os profissionais e gerenciar o funcionamento do local através do próprio orçamento. Regularidade nos serviços A Sociedade Beneficente Evangélica ainda afirmou na nota que, até a data da entrega definitiva das unidades do Bairro Novo à Secretaria, irá manter a regularidade dos serviços médicos e “não medirá esforços para que o processo de transição se dê de modo sereno e saudável.” Greves Além dos problemas enfrentados com o Hospital do Bairro Novo, a administração do Hospital Evangélico também tem sofrido com as greves dos funcionários. Eles reclamam que estão sem receber os salários de janeiro e já paralisaram as atividades por duas vezes. A última foi na quinta-feira (14), quando prometeram que só voltariam ao trabalho normal após receberem os valores devidos pelo hospital. Em nota, a administração afirmou que vai efetuar os pagamentos na medida em que receber os recursos provenientes do Sistema Único de Saúde. Segundo os funcionários, a crise sofrida pelo Hospital Evangélico se deve à má administração dos recursos. A direção, porém, se defende e diz que os problemas foram causados pelos constantes atrasos da Prefeitura de Curitiba e do Sistema Único de Saúde. Apesar das questões internas, a direção do hospital afirma que vai manter os funcionários que deixam de atuar no Hospital do Bairro Novo, na sede do Evangélico, no bairro Bigorrilho, também em Curitiba.

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