terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Fruet diz que herdou rombo de quase R$ 500 milhões

Gustavo Fruet levanta esqueletos do armário, segundo ele, deixados pelo antecessor Luciano Ducci. Foto: Maurilio Cheli/SMCS. O prefeito Gustavo Fruet (PDT) discursou nesta segunda-feira (4) na abertura dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal de Curitiba. Ao fazer um balanço dos 30 primeiros dias de governo, ele disse que o rombo herdado chega a quase R$ 500 milhões. Fruet pediu aos vereadores a aprovação de um crédito suplementar de R$ 63,7 milhões para o pagamento imediato de parte dos restos a pagar de R$ 446 milhões deixados pela gestão anterior e que ameaçam a continuidade de alguns serviços da prefeitura. “Os recursos serão utilizados para quitar parte dos restos a pagar que nos foram deixados. A prioridade é para fornecedores e prestadores de serviços das áreas de saúde, educação e assistência social”, disse o prefeito, informando que a ordem cronológica das dívidas será considerada. De acordo com ele, o total de restos a pagar já equivale a mais de três vezes os R$ 130 milhões apurados inicialmente pela equipe de transição. Dos R$ 446 milhões, apenas R$ 174 milhões foram empenhados pela administração anterior. “Ou seja, temos R$ 272 milhões sem empenho ou previsão orçamentária”, disse Fruet. Entre as áreas em que há dívidas acumuladas, o prefeito citou a coleta e transporte de lixo (R$ 72 milhões), merenda escolar (R$ 23 milhões), limpeza e conservação predial (R$ 23 milhões), Hospital Evangélico (R$ 3,6 milhões) e restaurantes populares (R$ 900 mil). “Neste caso, liberamos R$ 200 mil para evitar o fechamento dos restaurantes que atendem a população com refeições a R$ 1,00”, informou Fruet. O prefeito Gustavo Fruet relatou, também, que a Secretaria Municipal da Educação acumula dívida de R$ 87 milhões, herdada da gestão anterior. Economia O pedetista também informou que, nos primeiros 30 dias de governo, já foram devolvidos 45 veículos à empresa responsável pelas locações. “Ao longo dos próximos meses, o corte no número de carros será ainda maior”, disse Fruet. Outro exemplo de economia imediata para os cofres da Prefeitura pode ser conferido na Companhia de Habitação (Cohab). Com a extinção de duas diretorias, duas gerências e 17 chefias, a economia mensal é de R$ 277 mil, o que significa R$ 3,6 milhões ao final de um ano. Fruet lembrou ainda que juntou as secretarias de Planejamento e Administração, sob comando de Fábio Scatolin, e a da Copa com a do Urbanismo. O objetivo disso tudo é econimizar cerca de R$ 8 milhões ao ano.

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